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Acordados para a Misericórdia
No dia 13 de março de 2013, o mundo inteiro foi surpreendido por uma pessoa que, no dizer dele mesmo “veio do fim do mundo”. Este homem providencial escolheu ser chamado Francisco. Com evidência, tivemos a sensação de que a Igreja estava sendo acordada por uma nova linguagem e para uma nova convocação. De imediato, Francisco confirma a Igreja da misericórdia por sua ternura e vigor, por seu despojamento e proximidade.
Na tradicional janela do Vaticano chega um Latino Americano vestido de branco, sinalizando paz; inclina-se para pedir à multidão a bênção para começar sua missão; vai pagar pessoalmente o hotel onde havia se hospedado durante o conclave; deixa os seguranças assombrados, por se misturar com o povo e procurar os que dele não podiam se aproximar; vai morar na hospedagem Santa Marta; muda roteiros de viagem para realizar gestos proféticos e assim vai atualizando o seu lema: “Miserando atque eligendo”.
No dia 13 de março de 2015, aniversário de sua eleição como Bispo de Roma, Francisco decide proclamar um “jubileu extraordinário” centrado na misericórdia de Deus. É o Ano Santo da misericórdia, que vem para nos acordar, após 50 anos de encerramento do Concílio Vaticano II, atualizando este novo pentecostes para os nossos dias.
Com a chave da misericórdia somos convidados a entrar no edifício da esperança e estamos sendo convocados a promover a cura de tantos ferimentos e atentados à vida com o remédio da misericórdia. É notório que no século XXI, envaidecido por tantos progressos, não cabe a humilhação de ver avançar a cultura da morte e da indiferença que fere a dignidade humana. Hoje nos vemos todos ameaçados e tantas vezes entorpecidos pelo vazio da superficialidade. Faz-se urgente resgatar a qualidade global da vida em todas as suas relações e dimensões.
Depois de 26 jubileus ordinários e quatro extraordinários acontecidos na Igreja, fica bem imaginar e desejar com o Papa Francisco, a atualização daquele anúncio, com o qual Jesus inaugurou a sua missão: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres (...) e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). O Ano Santo da misericórdia começa no dia 8 de dezembro de 2015, dia a Imaculada Conceição, Mãe da misericórdia, até o dia 20 de novembro de 2016, festa de Cristo Rei do Universo.
Já na exortação apostólica “A alegria do Evangelho”, o Papa Francisco dizia: “Espero que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão” (EG 25). Em seu primeiro Ângelus, no dia 17 de março de 2013, Francisco já dizia: “A misericórdia é uma palavra que muda tudo, que muda o mundo, porque um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo”.
Ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus. “Deus é amor” (1 Jo 4,8). N’Ele podemos começar sempre de novo!
ORAÇÃO: Senhor, vossa misericórdia é sempre surpreendente! A criatividade de vosso amor e sabedoria é inesgotável. Há momentos na vida, em que a esperança se vê ameaçada por tramas de humanas traições. Mas vossa misericórdia, Senhor, intervém e faz surgir, de um aparente entardecer, a aurora de um novo dia. Um novo pentecostes fizestes acontecer com o Concílio Vaticano II. Mesmo com as humanas resistências, vossa Igreja continua se renovando, porque acima de tudo, é divina. Senhor, nesta mudança de época, somos chamados a acolher vossa eterna misericórdia, que não nos permite deixar as coisas como estão, “porque um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo” Amém! (Francisco)