|
![]() | Hoje | 230 |
![]() | Ontem | 309 |
![]() | Semana | 1159 |
![]() | Mês | 4827 |
![]() | Total | 825718 |
Que tua Páscoa permaneça para sempre
Numa das celebrações de Páscoa, dentre as tantas já vividas, recebi um cartão de um grupo de Igreja que manifestava um desejo diferente dos que normalmente se comunica: "Amigo, que tua Páscoa permaneça para sempre!" No cartão estava a significativa cena do Ressuscitado, com os discípulos de Emaus, andando pelo caminho. Guardei por muito tempo esta lembrança querida. Numa das transferências a perdi de vista, mas a mensagem e a cena permaneceram no coração. Então ouso entender um pouco este tão grande desejo: "Que tua Páscoa permaneça para
sempre!"
Na verdade, as questões da vida são muito mais pessoais do que teóricas. Não basta nos perguntar o que significa a festa do Cristo ressuscitado. Queremos saber como podemos vivê-la pessoalmente, dentro da vida real e para além das provações e dificuldades que aprecem no caminho, assim como aconteceu com os discípulos de Emaus.
Começo pensando que ninguém é uma solidão ambulante, nem a humanidade uma justaposição de pessoas anônimas, com semblante de fantasma. Partindo de nossas humanas limitações, de nosso olhar tão afeito ao imediatismo dos fenômenos e da superficialidade, de nossa pobreza e nossas crises, sabemos que precisamos amar, ser criativos, lutadores e empolgados. Dentro deste dinamismo, que é o mistério da
vida, pagamos caro o preço de nossa liberdade e de nossa consciência.
Que a tua Páscoa permaneça para sempre! Nesta expressão há uma certeza primeira que nos garante ser possível esta durabilidade pascal. Esta nos foi dada pelo próprio ressuscitado ao aparecer na Galiléia aos onze, a quem conferiu o mandato missionário universal. "E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Esta boa notícia não se esvai, como tantas revestidas de sensacionalismo. É a "Boa Nova" da presença real a toda a humanidade, em todos os tempos e a cada pessoa. O Deus irredutível no amor, garante sua permanência para sempre.
A presença pessoal do Filho de Deus afeta a todos e a cada um de nós e se completa em toda a história humana. Há uma solidariedade de todos com o Filho de Deus que está fundamentada na humanidade individual do Cristo. Desta presença ressuscitada, o sentido da solidariedade transformou-se radicalmente. Um Deus se fez humano para que os humanos encontrem nele o seu rosto divino. Estamos todos
atingidos pela Páscoa do Senhor. A raiz de cada vida humana está plantada no amor da Trindade.
Para que a Páscoa permaneça, é necessário permitir, com nossa liberdade, que Cristo "se forme em nós" (Gl 4,19). Como um humilde peregrino, Ele caminha ao nosso lado, escuta nossos lamentos, entende nossas mortes, mas também recorda as Escrituras que a Ele se referem e espera ser convidado para entrar e revelar-se ao partir o pão. Precisamos abrir os olhos e reconhecê-lo para que a nossa Páscoa
permaneça para sempre.
Nesta relação de presença e acolhida é bom lembrar o que o Anjo diz à Igrejade Laodicéia: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo"(Ap 3, 20).
sempre!"
Na verdade, as questões da vida são muito mais pessoais do que teóricas. Não basta nos perguntar o que significa a festa do Cristo ressuscitado. Queremos saber como podemos vivê-la pessoalmente, dentro da vida real e para além das provações e dificuldades que aprecem no caminho, assim como aconteceu com os discípulos de Emaus.
Começo pensando que ninguém é uma solidão ambulante, nem a humanidade uma justaposição de pessoas anônimas, com semblante de fantasma. Partindo de nossas humanas limitações, de nosso olhar tão afeito ao imediatismo dos fenômenos e da superficialidade, de nossa pobreza e nossas crises, sabemos que precisamos amar, ser criativos, lutadores e empolgados. Dentro deste dinamismo, que é o mistério da
vida, pagamos caro o preço de nossa liberdade e de nossa consciência.
Que a tua Páscoa permaneça para sempre! Nesta expressão há uma certeza primeira que nos garante ser possível esta durabilidade pascal. Esta nos foi dada pelo próprio ressuscitado ao aparecer na Galiléia aos onze, a quem conferiu o mandato missionário universal. "E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Esta boa notícia não se esvai, como tantas revestidas de sensacionalismo. É a "Boa Nova" da presença real a toda a humanidade, em todos os tempos e a cada pessoa. O Deus irredutível no amor, garante sua permanência para sempre.
A presença pessoal do Filho de Deus afeta a todos e a cada um de nós e se completa em toda a história humana. Há uma solidariedade de todos com o Filho de Deus que está fundamentada na humanidade individual do Cristo. Desta presença ressuscitada, o sentido da solidariedade transformou-se radicalmente. Um Deus se fez humano para que os humanos encontrem nele o seu rosto divino. Estamos todos
atingidos pela Páscoa do Senhor. A raiz de cada vida humana está plantada no amor da Trindade.
Para que a Páscoa permaneça, é necessário permitir, com nossa liberdade, que Cristo "se forme em nós" (Gl 4,19). Como um humilde peregrino, Ele caminha ao nosso lado, escuta nossos lamentos, entende nossas mortes, mas também recorda as Escrituras que a Ele se referem e espera ser convidado para entrar e revelar-se ao partir o pão. Precisamos abrir os olhos e reconhecê-lo para que a nossa Páscoa
permaneça para sempre.
Nesta relação de presença e acolhida é bom lembrar o que o Anjo diz à Igrejade Laodicéia: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo"(Ap 3, 20).