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Cultivando o bom humor
Há consenso entre as pessoas de bom senso, afirmando que os programas de humor dos meios de comunicação, já não produzem mais efeito. A partir da constatação perguntamos: Será que o bom humor desapareceu de nossa cultura? Será que a sofisticada complexidade da vida atual não está mais conseguindo jeitos e palavras que façam rir com gosto? Ou não será porque as apelações de humor tenham baixado o nível, beirando a vulgaridade?
Mais do que nos deter numa avaliação dos programas de humor de nossos meios de comunicação social, penso ser necessário pensar no bom humor como um componente de nosso viver e de nossas ralações. Num programa interativo de uma emissora, um ouvinte contou sua experiência de vida: “Quando eu acordo pela manhã, eu tenho duas opções a fazer: começar o dia bem humorado ou mal humorado. Sempre faço a escolha do bom humor. Quando consigo vivê-lo, meu trabalho não cansa, meus relacionamentos são agradáveis e meu dia se torna leve. Quando me fecho nos ranços da vida, meu dia fica insuportável e sinto que as pessoas me evitam”.
Dizem os entendidos que o humor é uma disposição afetiva básica, cujas variações entre uma tonalidade agradável ou desagradável, seriam sustentadas por uma regulação neuro-humoral. As circunstâncias que envolvem a pessoa, ou que a pessoa cria a seu redor, facilmente vão alterando ou modificando o humor. Há sempre em nós a tendência para o sentido depressivo ou o sentido expansivo. Só um intenso cultivo de maturidade pode manter a pessoa, normalmente, bem humorada.
O terreno por onde se movimenta o humor é muito diverso e vasto. Em geral, humor é visto como a capacidade de valorizar o cômico, o pitoresco, o absurdo, o insólito de certos aspectos da realidade. Fala-se também do humorismo como a veia cômica que leva autores produzirem obras literárias e artísticas atraentes Joga-se para dentro do mundo do humor também o sarcástico e o grotesco. Porém, não se pode confundir, nem reduzir o humor apenas a isso.
Alguém poderá se perguntar: afinal a que vem esse assunto meio complicado no coração da vida? Mesmo sem ter toda a clareza de conceitos, sabemos que o “BOM HUMOR” faz parte do “BOM AMOR”. Motivei-me a falar deste tema, quando li um comentário de um escritor italiano sobre o Papa Bento XVI, confirmando-o como “um Papa com humor”.
A primeira aparência que se tem é que isto não seja tão real. Quem conhece de perto Bento XVI o vê um tanto tímido e reservado, diferente de João Paulo II. Porém, o escritor comprova seu bom humor quando o confirma como uma Papa de fino trato com todos. Não fica mal humorado quando se vê diante de grandes problemas, nem mesmo no bombardeio das mais injustas críticas. A serenidade é seu maior atestado de bom humor. Ele mesmo diz: “Onde morre o bom humor, ali não está nem sequer o Espírito Santo, o Espírito de Jesus Cristo” (Bento XVI).