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O Tempo do Relógio
Não estamos preocupados em situar e datar quem inventou o relógio! Não pretendemos selecionar e registrar as melhores ou piores marcas de relógios. Nem mesmo desejamos pesquisar a evolução estética e técnica dos relógios, no decorrer dos tempos. O que importa é dar-nos conta do que significa o tempo do relógio e o relógio para o tempo de nossas programações e ocupações da vida.
Ninguém quer ser escravo do relógio, mas, se pensarmos bem, todos somos permanentemente dependentes do relógio. O relógio comanda a humanidade em todos os lugares do mundo. Temos horas de trabalho e horas de lazer. Temos horas para embarcar e partir e hora para chegar. Temos hora para remédios e horas para festas. Temos horas para a oração pessoal e comunitária e horas para fazer compras. Temos horas para dormir e horas para acordar. Temos hora para nascer, mas a hora mais incerta é a hora de morrer. “Não sabeis nem o dia e nem a hora”.
Costuma-se dizer que o relógio é o medidor do tempo. É por ele que nos julgamos pontuais, adiantados ou atrasados. O relógio é sempre um juiz para quem precisa cumprir compromissos e para quem fica esperando. Os eternos atrasados deixam constrangidos os que esperam e os que esperam fazem o juízo que querem sobre aqueles que se atrasam.
Relógio, antes de ser uma jóia de estimação ou um enfeite nos braços de alguém, é um benfeitor para quem deseja ajustar a vida e valorizar o tempo. Precisamos marcar hora para consultas e passeios, para negócios sérios e até para garantir o êxito de quem não quer ser descoberto em suas astúcias. Um dito popular parece falar o óbvio, mas tem tudo a ver com a seriedade do relógio: “Hora é hora!”
Honrar a hora é fazer tudo para valorizar a palavra dada; é dar seriedade a compromissos assumidos; é consolidar credibilidade social e valorizar o acontecimento da hora. A hora levada a sério e a pontualidade nos atos torna-se um fator favorável à valorização do tempo e de quem está presente a estes atos. A pontualidade gera credibilidade e a displicência do relógio ajuda corroer grandes iniciativas.
Amigo leitor, você já imaginou uma partida de futebol que não tivesse tempo limitado? A bem da verdade, uma partida com tempo indefinido perderia toda a sua razão de acontecer. O que dá garra aos atletas, contágio aos torcedores, luta e esperança de vitória é exatamente o relógio. As surpresas de um jogo podem se dar nos primeiros segundos ou até mesmo nos últimos.
Mas vamos chegando ao fim de nosso artigo considerando que o nosso viver aqui também é limitado, mesmo que não saibamos o dia e nem a hora. O tempo limitado da vida aqui na terra é o tempo de semear. O ritmo do relógio que sinaliza os segundos e horas vai dizendo que o tempo que passa não volta mais e não se pode perdê-lo de qualquer jeito. O relógio é uma permanente advertência que nos segue e um apelo ao valor de nossa hora.