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Teólogo defende novas posturas pastorais da Igreja em relação à família
Destaques |
Plenário atento na segunda noite de palestras
A Igreja precisa revisão suas concepções e sua atividade pastoral em relação à família devido às transformações culturais ocorridas nas últimas décadas. Esta é a principal conclusão da segunda noite de palestras da 2a. Semana Teológica da Paróquia Santo Antônio do Partenon. O teólogo Pe. José trasferetti saudou a iniciativa adotada pelo Papa Francisco com a nova metodologia para elaboração de documento após Sínodo sobre as Famílias, ouvindo o mundo todo sobre as questões atuais, que envolvem a unidade familiar. O Brasil terá como representantes no Sínodo da Família cinco arcebispos e um casal.
Segundo ele, a ênfase é nas questões pastorais e não doutrinária. No entanto, Trasferetti afirmou que "a doutrina merece um ajuste para que ela esteja mais próxima a vida prática. A moral precisa ser mais sensível e tratar cada caso como específico, com discernimento e prudência, para evitar o rigorismo e o fundamentalismo. A moral não pode ser acusatória, mas deve ajudar a elevar as pessoas".
Esta necessidade de atualizar a doutrina reside no fato de que "a tradição está em transição. Sem acompanhar as modificações do tempo e as transformações da sociedade torna-se tradicionalismo". Hoje, a sociedade passa por uma mudança no caráter das pessoas. A sociedade dominada pela ciência, pela técnica, pelo consumo e pelo mercado. "Os relacionamentos são sempre passageiros, descartáveis, efêmeros e transitórios". Na opinião do moralista esta nova cultura pressiona por uma nova postura da Igreja no trato da questão da família.
Em sua palestra, ele defendeu a ampliação da educação sexual e aumento das medidas que impeçam a gravidez indesejada, com a adoção de métodos contraceptivos, porque mais de dois milhões de mulheres praticam anualmente aborto clandestino, por indesejarem seus filhos.
Sobre as questões homoafetivas, o teólogo afirmou que os padrões de comportamento estão mudando. A maior caracterização é pela definição da identidade pelo aspecto sexual, pelo desejo. Não há preocupação coam a definição pelo aspecto biológico, mas a construção de sua identidade pelo seu comportamento e pelo histórico pessoal". Segundo ele, predomina uma concepção de Ideologia de gênero. A lei natural é a sexualidade voltada para a procriação. A Ideologia de gênero é a escolha construída socialmente. Por isso, defendeu que a Igreja tenha uma postura mais sóbria nesta questão. "Na ação pastoral há um abertura de combate ao preconceito e à homofobia. É preciso que a moral católica faça uma distinção entre a pessoa e o ato por ela praticado".
Para Trasferetti, a Igreja precisa considerar a fragilidade das pessoas na sua ação pastoral. "Não pode se apegar nos rigores da lei. A mensagem do evangelho é da misericórdia, compadecer com a dor alheia e com a fragilidade humana. Deve manter o belo do ideal da família, mas ter uma postura de acolhida às novas realidades".
Bela apresentação dos jovens em louvor à Santíssima Trindade
Pe. Trasferetti defendeu novas posturas pastorais em relação à família